
Oct 17, 2024
Quanto mais exames, melhor?
Será que mais exames significam mais segurança para a sua saúde?
Nos últimos anos, a tendência de solicitar inúmeros exames se tornou uma prática bastante comum. Não é raro encontrar pacientes que chegam ao consultório com uma verdadeira coleção de resultados de exames para mostrar ao médico. Isso pode ser reflexo de uma percepção distorcida, a de que quanto mais exames forem realizados, mais garantia se tem sobre a própria saúde.
Na verdade, essa lógica pode levar a um grande equívoco. A ideia de que um médico só é competente se pedir muitos exames, não reflete o verdadeiro cuidado com a saúde. A medicina de qualidade não está na quantidade de exames solicitados, mas sim na compreensão do paciente de forma integral. Muitas vezes, o excesso de exames pode, na verdade, expor a pessoa a riscos desnecessários.
A saúde deve ser vista de maneira integral
O ser humano é um todo. Não somos apenas um conjunto de números e resultados de exames. O atendimento médico de qualidade exige uma visão ampla, que considere os hábitos de vida, o histórico de saúde, as condições genéticas, emocionais e sociais do paciente. Um exame de laboratório, por mais preciso que seja, não consegue capturar todas as nuances que compõem a saúde de uma pessoa.
Infelizmente, a busca por uma quantidade excessiva de exames muitas vezes leva à ideia de que é possível encontrar todas as respostas em um papel. Isso acaba gerando uma falsa sensação de segurança ou, em alguns casos, uma ansiedade desnecessária sobre problemas que podem nem existir.
Os riscos do excesso de exames: a iatrogenia
Existe um conceito muito importante na medicina, chamado iatrogenia, que se refere à criação de uma doença ou problema de saúde que não existia, mas foi gerado por uma intervenção médica. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando se realizam exames desnecessários.
O excesso de exames pode levar à descoberta de condições que, se não tivessem sido identificadas, não trariam nenhum impacto negativo para a vida da pessoa. Contudo, ao serem detectadas, passam a exigir um tratamento que, em alguns casos, pode ser mais prejudicial do que a própria condição descoberta.
Um exemplo simples disso são os pequenos nódulos que muitas vezes aparecem em exames de imagem e que, na maioria das vezes, são benignos e sem relevância clínica. Contudo, uma vez identificados, podem levar a intervenções como cirurgias, biópsias ou tratamentos que não seriam necessários se esses exames não tivessem sido feitos em primeiro lugar.
A indicação correta é o melhor caminho
O segredo para uma boa prática médica é saber qual exame deve ser feito, para quem e quando. Nem todos os exames são indicados para todas as pessoas. Cada paciente tem necessidades específicas e o pedido de exames deve ser feito com base em critérios médicos bem estabelecidos, levando em consideração o histórico pessoal, familiar e os sintomas apresentados.
Solicitar o exame correto, para o paciente certo e no momento certo é o que realmente traz segurança para a saúde. Exames devem ser usados como ferramentas de auxílio ao diagnóstico e não como a única base para a tomada de decisões.
Um bom acompanhamento médico foca na individualidade de cada paciente, buscando entender sua saúde como um todo e realizando os exames necessários para cada situação específica. A verdadeira segurança vem de uma vida equilibrada e de um cuidado médico consciente e personalizado.
Nos últimos anos, a tendência de solicitar inúmeros exames se tornou uma prática bastante comum. Não é raro encontrar pacientes que chegam ao consultório com uma verdadeira coleção de resultados de exames para mostrar ao médico. Isso pode ser reflexo de uma percepção distorcida, a de que quanto mais exames forem realizados, mais garantia se tem sobre a própria saúde.
Na verdade, essa lógica pode levar a um grande equívoco. A ideia de que um médico só é competente se pedir muitos exames, não reflete o verdadeiro cuidado com a saúde. A medicina de qualidade não está na quantidade de exames solicitados, mas sim na compreensão do paciente de forma integral. Muitas vezes, o excesso de exames pode, na verdade, expor a pessoa a riscos desnecessários.
A saúde deve ser vista de maneira integral
O ser humano é um todo. Não somos apenas um conjunto de números e resultados de exames. O atendimento médico de qualidade exige uma visão ampla, que considere os hábitos de vida, o histórico de saúde, as condições genéticas, emocionais e sociais do paciente. Um exame de laboratório, por mais preciso que seja, não consegue capturar todas as nuances que compõem a saúde de uma pessoa.
Infelizmente, a busca por uma quantidade excessiva de exames muitas vezes leva à ideia de que é possível encontrar todas as respostas em um papel. Isso acaba gerando uma falsa sensação de segurança ou, em alguns casos, uma ansiedade desnecessária sobre problemas que podem nem existir.
Os riscos do excesso de exames: a iatrogenia
Existe um conceito muito importante na medicina, chamado iatrogenia, que se refere à criação de uma doença ou problema de saúde que não existia, mas foi gerado por uma intervenção médica. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando se realizam exames desnecessários.
O excesso de exames pode levar à descoberta de condições que, se não tivessem sido identificadas, não trariam nenhum impacto negativo para a vida da pessoa. Contudo, ao serem detectadas, passam a exigir um tratamento que, em alguns casos, pode ser mais prejudicial do que a própria condição descoberta.
Um exemplo simples disso são os pequenos nódulos que muitas vezes aparecem em exames de imagem e que, na maioria das vezes, são benignos e sem relevância clínica. Contudo, uma vez identificados, podem levar a intervenções como cirurgias, biópsias ou tratamentos que não seriam necessários se esses exames não tivessem sido feitos em primeiro lugar.
A indicação correta é o melhor caminho
O segredo para uma boa prática médica é saber qual exame deve ser feito, para quem e quando. Nem todos os exames são indicados para todas as pessoas. Cada paciente tem necessidades específicas e o pedido de exames deve ser feito com base em critérios médicos bem estabelecidos, levando em consideração o histórico pessoal, familiar e os sintomas apresentados.
Solicitar o exame correto, para o paciente certo e no momento certo é o que realmente traz segurança para a saúde. Exames devem ser usados como ferramentas de auxílio ao diagnóstico e não como a única base para a tomada de decisões.
Um bom acompanhamento médico foca na individualidade de cada paciente, buscando entender sua saúde como um todo e realizando os exames necessários para cada situação específica. A verdadeira segurança vem de uma vida equilibrada e de um cuidado médico consciente e personalizado.
Dra. Midiã Vergara Bandeira
Ginecologia Obstetrícia
CRM 28972-PR RQE 19354